GLÚTEN
É uma proteína encontrada no trigo, no centeio, na cevada e
na aveia (na última apenas por contaminação durante o processamento). A função
do glúten é dar elasticidade na massa e está presente na alimentação do dia a
dia como massas, pães e biscoitos.
MAS O QUE ELE CAUSA?
Por ser uma proteína, algumas pessoas são portadoras de
alergia ao glúten, como no caso da doença celíaca. Esta doença pode ser
diagnosticada pelo médico ou nutricionista através de exames laboratoriais e de
avaliação de lesões no intestino. Os sintomas mais comuns na doença celíaca
são: perda de peso, distensão abdominal, constipação intestinal e/ou diarreia (podem
se alternar), anemia, fezes com sangue ou com gorduras, dores articulares,
osteoporose, unhas enfraquecidas, alterações na tireoide, deficiência de
vitaminas e minerais e até mesmo a depressão.
E PORQUE SE FALA TANTO NA DIETA SEM GLÚTEN PARA QUEM NÃO TEM A DOENÇA CELÍACA?
Vamos esclarecer primeiro sobre a dieta da moda, onde a
mídia orienta cardápios sem glúten com finalidade de perder peso, sem nenhum
diagnóstico ou recomendação prévia de um nutricionista. Não faça isso pois não
é tão simples assim.
A VERDADE:
O que ocorre é que muitas pessoas desenvolvem uma
hipersensibilidade alimentar ao decorrer da vida, devido o consumo frequente de
proteínas que são mal digeridas pelo nosso organismo, gerando um processo
inflamatório. Uma dessas proteínas é o glúten. Hoje a farinha de trigo contém um
teor de glúten muito superior ao de 50, 100 anos atrás e além disso a população
consome o dobro de farinha consumido também nesta época. E é isso que
sobrecarrega o organismo: o excesso e a frequência.
E aí os mesmos sintomas citados acima que são características
da doença celíaca, podem surgir em qualquer pessoa, isolados ou alternadamente,
e associado ainda a obesidade, já que é considerada uma doença inflamatória, sem necessariamente um diagnóstico de laboratório.
O exame clínico é o mais valioso! Por isso fica difícil entender ou aceitar que
você possui ou não uma “hipersensibilidade ou alergia tardia”.
Não é de um dia para o outro que estes sintomas aparecem, e
sim após um acúmulo no consumo do glúten durante alguns anos levando a perda da
tolerância pelo seu sistema imunológico.
Um médico dificilmente vai detectar estes sinais, pois esta
é a função do nutricionista funcional: Identificar hipersensibilidades
alimentares e adequar a dieta a cada indivíduo, de acordo com o seu sintoma. Por
isso não devemos usar a dieta do amigo ou a da revista.
Vale lembrar que no caso da hipersensibilidade, o glúten não
é proibido como na doença celíaca. Seu consumo vai variar de acordo com
o sintoma e deverá ser orientado por profissional capacitado.
Farinhas isentas de glúten: quinoa, amaranto, milho, fécula
de batata, mandioca, araruta, painço.